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O teatro nunca desapareceu.
Apenas descansou nos calcanhares
de intuições vagas e sem compromisso. Uma ou várias linhas dramatúrgicas que se
entrelaçam em cada observação da realidade. No momento exato, Bertolt Brecht atravessa-se
no seu percurso, estendendo uma passadeira aveludada nas escadas da zombaria
nacional.
Um verão repleto de interlocutores televisivos jogando o antisstress
da moda pimpa como subterfúgio da melancolia dos emigrantes que garantem a
estabilidade do país, na fronteira do não saber ser outro, senão o de uma
bandeira patriótica adornada de velas à nossa Senhora de Fátima, e um folclore
de bombeiros falecidos em ação, nas chamas de um lóbi, bem montado, de resorts
e Porches, prontinhos a chegar ao acaso de uma nação, sem clareiras de verdade.
Assim é. Paz.
Portugal, 27 de Setembro 2013