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“TRAVESSIA em Fá sustenido!”
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“TRAVESSIA em Fá
sustenido!”
-Portanto!
Intricado momento de saliências profundas, recordadas nas
folhas de jornal mal lavadas pelo tempo, onde a descoberta d’outrora fora
intensa, importante, real, imaginária,… da penumbra de antepassados cuidadosos
e fugazes, vestindo recomeços distorcidos pela incapacidade de desmontar as
gavetas construídas pelos tesouros de uma epopeia salvaguardada pela imensidão
de um Oceano Atlântico Indico!
Percebo a complexidade desse ser desconectado da vida, que
imerge da vontade de estar só, na neblina de quimeras penduradas no palco,
puxadas por cordéis de plasma e hemoglobina, sentindo na cervical, a rotação centrípeta
recuando e avançando, como Outono Primaveril, na cosmologia de mudanças
indecifráveis.
Nenhum código poderia alterar o percurso natural da evolução,
não fosse este desconhecimento inventado por ignorantes sábios, cheios de
razão!
- Sua Alteza sentou-se comodamente no abismo de seu próprio
poder! Almejava manipular com virtude o vislumbre de tantas testemunhas! Espécie
abominável, mordendo a língua com seu próprio veneno, arrecadando a luxúria de
contar dentro, o que acontece por fora, escondido na destreza de facas
verdadeiramente mal afiadas!
Teriam que ser moldadas novamente em metal brando, derretendo
a volúpia de mendigos Cultos alvorando fundamento.
Ele perdeu-te.
Não voltará a reencontrar-te no caminho dos diálogos mesclados
de aventuras ininterruptas.
A Força gerou-se a ela mesma, sem ter medo, do desconhecido.
“E por vezes”, um calafrio arrebatado ritumba na matéria de
vozes mudas de contentamento,…!
E enquanto atravessamos a certeza de estar jogando o invisível,
respondo-vos com uma nota Fá, ao devaneio de mosteiros em ruínas e emergências,
fundadas na aparência de um dedilhar sem ritmo.
- Perdoa! Não foi por acaso que viajei, traçando a rota onde
agora, imperas tu! Foi sim, eu que pari o ritmo, de uma humana “de tudo brilho”!
- Por favor, reconhece!
- Não precisas do meu gorro, nem das minhas luvas, nem da
minha bicicleta, nem do meu anjo da guarda, para te montar na vassoura que te
levou ao infinito!
- Larga tudo e vem para mim!
- Não sabes de que matéria é feita, a certeza de estar viva! Nem
precisas do meu astrolábio para de indicar o caminho!
- Atravesso mais uma vez, a fronteira do não ser, cogitando
uma harmonia desfeita em pedaços de papel, colados com fita-cola, às paredes
trémulas da substância trespassada pelo vento!
O teu coração voou, quando te esqueceste que fôramos Sagrados
pelo Ancestral. Não existia nenhum contrato com o demónio que pudesse dissipar
tal adivinhação de bruxas vestidas a rigor, promovendo seguros e telecomunicações,
enquanto dançam no terraço prometido, despindo vestes de compromisso duradouro
adornado de fantasias quentes, que só alimentam a chama de Agora.
Ainda bem. É o Agora que conta!
O futuro é um mergulho de espadachins eleitos pela ordem
universal!
Não cabe a mim, destronar os cavalheiros que
delicadamente amam em silêncio, sem infringir o protocolo de cooperação eterna,
onde habitam todos aqueles que tocam a luz com inocência de criança consciente
da brutalidade da vida!
- Sim! É verdade! Continuaremos a ser Mestres Viajantes,
sem compromisso!
- Portanto, Agora,... Atravessa!!!
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(PASSATEMPO Compota Outubro 2013 "Travessia")
Autor Text Written for a Multidisciplinary Artistic Residence
by Compota
presented at Benfica, Lisbon, Portugal,
the 11/12/13 October 2013
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